quarta-feira, 21 de outubro de 2009

deus, Um Delírio...de Richard Dawkins, biólogo.


Alguns trechos do prefácio deste Excelente livro.
"Eu não sabia que podia.
Suspeito — quer dizer, tenho certeza — que há muita gente
por aí que foi criada dentro de uma ou outra religião e ou está
infeliz com ela, ou não acredita nela, ou está preocupada com tudo
de mau que tem sido feito em seu nome; pessoas que sentem um
vago desejo de abandonar a religião de seus pais e que gostariam
de poder fazê-lo, mas simplesmente não percebem que deixar a
religião é uma opção. Se você for uma delas, este livro é para você.
Sua intenção é conscientizar — conscientizar para o fato de que
ser ateu é uma aspiração realista, e uma aspiração corajosa e es-
plêndida. É possível ser um ateu feliz, equilibrado, ético e intelec-
tualmente realizado."
......
.....
"Imagine, junto com John Lennon, um mundo sem religião.
Imagine o mundo sem ataques suicidas, sem o 11/9, sem o 7/7
londrino, sem as Cruzadas, sem caça às bruxas, sem a Conspira-
ção da Pólvora, sem a partição da Índia, sem as guerras entre is-
raelenses e palestinos, sem massacres sérvios/croatas/muçulma-
nos, sem a perseguição de judeus como “assassinos de Cristo”, sem
os “problemas” da Irlanda do Norte, sem “assassinatos em nome
da honra”, sem evangélicos televisivos de terno brilhante e cabelo
bufante tirando dinheiro dos ingênuos (“Deus quer que você doe
até doer”). Imagine o mundo sem o Talibã para explodir estátuas
antigas, sem decapitações públicas de blasfemos, sem o açoite da
pele feminina pelo crime de ter se mostrado em um centímetro.
Aliás, meu colega Desmond Morris me informa que a magnífica
canção de John Lennon às vezes é executada nos Estados Unidos
com a frase “and no religion too” expurgada. Uma versão chegou
à afronta de trocá-la por “and one religion too”."
.....
....
"Não há nada de que se desculpar por ser ateu. Pelo contrário, é
uma coisa da qual se deve ter orgulho, encarando o horizonte de
cabeça erguida, já que o ateísmo quase sempre indica uma inde-
pendência de pensamento saudável e, mesmo, uma mente sau-
dável. Existem muitos que sabem, no fundo do coração, que são
ateus, mas não se atrevem a admitir isso para suas famílias e, em
alguns casos, nem para si mesmos. Isso acontece, em parte, por-
que a própria palavra “ateu” freqüentemente é usada como um
rótulo terrível e assustador."
"Quanto a ser ou não um sintoma de transtorno psiquiátrico, tendo a
concordar com Robert M. Pirsig, autor de Zen e a arte da manu-
tenção de motocicletas: “Quando uma pessoa sofre de um delírio,
isso se chama insanidade. Quando muitas pessoas sofrem de um
delírio, isso se chama Religião”.

5 comentários:

Anônimo disse...

atéismo no sentido de ausencia de religião e não ausencia de fé...? se for isso eu concordo...

Alves e Figueira disse...

Contando que sua sua fé não seja por algo inventado...é isso mesmo...

Unknown disse...

fé não tem em nada a ver com religião, o "ateísmo radical" pode tbm ser comparado com um "mulçumanismo xiita" por exemplo, dada como "certa" ou como "verdade absoluta" a ausencia de "Deus", eu concordo que a religiao como "organização" ou instituição é um "mal da humanidade" mas desprezar fé no que acredta é um erro.

Alves e Figueira disse...

Caro Eduardo, concordo plenamente com o que diz, eu mesmo tenho muita fé!!!mas não em coisas "sobre-humanas" tenho fé no Sol, na semenete que germina, no dia que começa, mas pedir para ter fé em algo "inventado", criado para gerar isso ai que você presencia, ai não!!!
Concordo com vc, que qq visão radical, tem por definição algo de imposisão...mas em umma coisa vc tem q concordar comigo, já se passaram 2 mil anos de religião, e o que ela deixou para nós? não tenho coragem de rsponder, tire suas propias conclusões...

Guido base disse...

prefiro ser agnostico e estar numa psicodelia maior de nao ter a certeza, nem quesim, nem que não, de forças maiores áquelas que nossos sentidos podem detectar.